Review: Don't Starve

20 janeiro 2014


 
Don’t Starve é um jogo em que você irá aprender. Simplesmente não existe um tutorial. Até procurei, pois acabamos acostumados a sempre ter uma breve explicação do que você pode fazer com cada botão do controle. Ou até mesmo, de como podemos guiar o personagem principal e como fazermos as tarefas mais básicas. Assim, Don’t Starve já se apresenta com um diferencial que irá ditar o resto do game: aprenda você mesmo. Dessa forma, minha primeira experiência foi rápida: ao escurecer fiquei totalmente nas trevas e morri. Ok. Tenho que fazer uma fogueira durante a noite. Segunda vez, morri ,pois vi que minha fogueira apagou. Ok. Tenho que cortar mais árvores pois preciso colocar mais lenha na fogueira. E é assim, através de experiências únicas a cada vez que você joga que você vai “evoluindo”.


Como todo Roguelike, a cada vez que você joga o mundo é gerado de maneira aleatória, tornando cada “vida” única. As primeiras horas de Don’t Starve me lembraram bastante de um título das antigas: Toe Jam & Earl. Claro, diferenças a parte, descobrir o que fazer em um mundo gigante, com criaturas e situações novas a cada esquina me gerou uma lembrança do nostálgico título que jogava no Sega Genesis.

Don’t Starve irá te punir. Sim, você irá morrer. Lembre-se: um roguelike é feito para isso. Contudo, as recompensas a cada morte serão pontos de experiência que dependerão de seu desempenho, ou seja, de quantos dias você sobreviveu. Ao subir de nível, acabará desbloqueando novos personagens com características únicas, como não se queimar e possuir um isqueiro, podendo assim incendiar árvores e arbustos durante a noite. Graficamente o jogo apresenta um estilo de papel cortado animado, como se fosse um desenho estiloso, misturando um pouco de cel-shading. Em alta resolução no PS4, fica maravilhoso. 

Talvez a desvantagem de Don’t Starve seja exatamente inerente ao seu gênero: uma vez morto, você terá que começar tudo de novo. Terá que redescobrir cada ferramenta avançada, perderá todos os itens que você demorou horas para adquirir e terá que passar pela monotonia dos primeiros dias no game novamente. Talvez isso frustre depois de um tempo, mas por enquanto, mesmo após jogar por duas semanas e morrer umas 9 vezes, ainda tenho pique para recomeçar. O mundo de Don’t Starve ajuda em muito a quebrar o ciclo repetitivo do game: sempre você irá se deparar com algo novo, diferente. E caso você não acesse um guia na internet, sempre você terá aquela sensação de descoberta e do que fazer com o novo  item que acabou de descobrir. 


Don’t Starve não é para qualquer um. Os fãs de Minecraft e Terraria irão se deliciar com a mistura perfeita desses jogos com um roguelike. Minha esposa carinhosamente chama o game de “jogo do escoteiro” e é exatamente isso que descreve a experiência. 

E para você que possui assinatura da PS + corra: o game é gratuito.



Plataformas: PS4/PC
Produtora: Klei Entertainment

Nota: 8,5/10

Até mais! Cris

20 janeiro 2014
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