Review: Knack

17 dezembro 2013


Knack pode ser considerado o primeiro jogo de plataforma next gen. O problema é que, mesmo exclusivo para PS4, o jogo pouco aparenta ser um título da próxima geração. A primeira vez que você coloca o título, tudo parece com um jogo de PS3 (e do início da geração atual). A única façanha de Knack que justifica o poderio do PS4 é realmente a composição do personagem principal em milhares de partes pequenas.

A história do jogo é simples. Após uma invasão de Goblins armados com tanques (?), é realizada uma reunião para verificar qual medida tomar para enfrentar os vilões. Enquanto robôs cheios de armamentos são apresentados, é Knack que rouba a cena e é eleito como principal arma contra os Goblins. O enredo se desenrola de maneira lenta, mas interessante e bem amarrado. Uma grande crítica ao jogo é o fato de apresentar cutscenes desnecessárias durante a fase. Contudo, o verdadeiro motivo delas existirem é simplesmente para demarcar checkpoints. Claro, poderiam ser mais interessantes. 

O jogo em seu nível normal tem uma curva de aprendizado um tanto cruel. Já nas primeiras fases você notará como Knack se demonstra frágil. Dois esbarrões apenas é necessário para que Knack vire uma pilha de peças soltas. Porém, após pegar o jeito, você estará despachando Goblins, insetos, pássaros e robôs de maneira quase automática. 

As fases de Knack são bem genéricas. Hora nenhuma existe aquele lugar que você fique maravilhado com os gráficos. Contudo, o jogo não é de todo ruim. Existem vários colecionáveis que ao serem coletados darão a Knack atributos diversos. Outro ponto bacana é que a qualquer momento um amigo pode pegar o segundo controle e entrar para te ajudar a passar de uma fase mais difícil. Porém, ele fará o papel secundário, parecido com o de Tails em Sonic 2: apenas acompanha o personagem principal.

Uma coisa que deve se tirar o chapéu para o game é sua dublagem. Talvez uma das poucas a superar a de Injustice. Para começar, a voz de Knack é a de Silvester Stallone. Ou melhor, de seu dublador. Muito legal. Todas as vozes são bacanas e em perfeita sincronia. Até mesmo as emoções foram colocadas de forma precisa. Um trabalho primoroso. Parece realmente um desenho em CG. De tirar o chapéu.


Knack peca pela falta de empenho de seu criador, principalmente no design de fases. A repetição muitas vezes toma conta do game, que é melhor jogado em pequenas doses. Talvez jogar um pouco cada dia faça com que a experiência seja muito melhor que tentar jogar de uma vez só até o final. O fator replay é legal, caso seja um jogador ávido por troféus. Afinal, os colecionáveis só serão completados caso repita o jogo mais de uma vez. 

Para estréia de um console, Knack não faz feio. É um jogo mediano, com uma história lenta, porém com reviravoltas legais, mas nada que faça com que você guarde algum momento na lembrança... Como mascote, Knack não irá emplacar até porque o personagem em si não é tão carismático. Talvez uma sequência  melhor trabalhada possa redimir os erros e defeitos desse primeiro jogo, que só serve mesmo como demonstração de recursos que o PS4 possui. Se fosse uma demo, Knack arrasaria.


Nota: 6/10

Produtora: Japan Studio
Plataforma: PS4

Até mais! Cris

17 dezembro 2013
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